Mais de mil estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, funcionários da instituição e centenas de motoristas, receberam orientações sobre a proliferação e cuidados contra o mosquito Aedes aegypti, o ‘mosquito da Dengue’, na quarta-feira (23). O trabalho foi liderado pela Unidade de Vigilância em Zoonoses que mobilizou 35 Agentes de Combate de Endemias (ACE) durante todo o dia no Campus Universitário, na região do Coxipó. Panfletagem nas guaritas, distribuição de folders, visitas internas e externas nos blocos, arredores das quadras e uma mesa expositora sobre o assunto integraram a ação.
“Foi muito produtivo. Muitas pessoas atraídas pela curiosidade, param, olham, interagem. No Restaurante Universitário (RU), onde estávamos com a mesa expositora mais de mil alunos passaram. Na parte da tarde a mesa foi montada na biblioteca”, relatou o responsável do Setor de Educação e Saúde da Zoonoses, Hélio Simião de Almeida.
A exposição com materiais recicláveis e com as fases de desenvolvimento do mosquito desde chamou a atenção da funcionária da Biblioteca, Débora Gaiva Metelo. Para ela também foi novidade a informação de que dedicar apenas um dia da semana para a limpeza geral do quintal é o bastante para evitar depósitos do mosquito.
“Mas, os mosquitos não se formam nos rios”, perguntou ela, enquanto ouvia a explicação sobre os locais de possíveis criadouros. “Muito Legal, não tem esse trabalho aqui na biblioteca, deveria ter mais vezes”, pontuou.
Segundo os agentes comunitários de endemias, o lixo acumulado nas beiras do rio é o problema, pois acumulam água tornando-se fontes de criadouros do Aedes aegyti, causador da Dengue, Chikungunya e Zika. E existem muitos outros locais que merecem atenção. Por exemplo, bandeja de geladeira acumula água, vasilha de água dos animais, caixa d’água destampada, entre outros.
“Não adianta trocar a água do cachorro e não lavar a vasilha. Precisa ser lavada para matar os ovos e as larvas do mosquito. E a caixa d’água precisa ser bem tampada, qualquer frestinha ou buraquinho na caixa são suficientes para o mosquito. Lixo no quintal e água parada também são criadouros”, explicou a ACE, Joze Luiza dos Santos Barbosa.
O coordenador técnico da Unidade de Vigilância em Zoonoses, José Antônio Noleto, a conscientização é a melhor ferramenta contra a Dengue. “A tarefa de combater o mosquito Aedes aegypti é uma tarefa séria e simples que deve ser executada durante o ano inteiro, não apenas no período chuvoso. É uma responsabilidade de todos, não apenas dos órgãos públicos”, frisou.
A ação da Zoonoses foi realizada em parceria com a UFMT.