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Secretaria de Saúde divulga fluxo para emissão da carteira da pessoa com doença falciforme

Atenção Especializada

Secretaria de Saúde divulga fluxo para emissão da carteira da pessoa com doença falciforme

21/07/2023 | 15:00 | 25

Para garantir os benefícios assegurados às pessoas com a doença falciforme, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passa a emitir a Carteira de Identificação da Pessoa com Doença Falciforme. O documento integra o programa municipal da doença falciforme, que também garante assistência especializada para a população que é acometida por esta doença.

“A emissão desse documento é de extrema importância para quem tem a doença falciforme, uma vez que a carteirinha garante ao portador do documento prioridade no atendimento, além de assegurar direitos sociais, como o benefício de prestação continuada, auxílio doença e aposentadoria por invalidez”, explica a diretora de Atenção à Saúde, Alline Grisi.

Para dar entrada na carteira, é preciso ir até a unidade de saúde da família (USF) de referência ou no Centro de Doenças Raras, nos Bancários, portando documento de identidade, laudo médico, resultado positivo do teste do pezinho – para crianças – ou resultado positivo da eletroforese de hemoglobina – para adultos. No local, será feito o cadastro que garantirá a emissão da carteirinha. O recebimento do documento acontecerá no mesmo local onde foi feito o cadastro.

Atualmente, o Programa de Promoção e Atenção Integral às Pessoas com Doenças Falciformes possui cerca de 100 pessoas cadastradas com a doença e em acompanhamento. Mas estima-se que a cada ano cerca de 30 pessoas sejam diagnosticadas com a doença.

O diagnóstico é feito em crianças através da triagem neonatal, por meio da fase III do teste do pezinho, entre o 2° e 5° dia de vida do bebê. Para o adulto, que não tenha feito o teste, é possível obter o diagnóstico através do exame de eletroforese de hemoglobina. Ambos os exames são ofertados pelo Sistema Único de Saúde. O teste do pezinho é feito na maternidade, já a eletroforese pode ser solicitada via USF ou feita por demanda espontânea no Hemocentro da Paraíba.

Doença – A doença falciforme é genética e hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos no sangue, que dificulta a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como dor crônica, infecções e icterícia. Por ser de origem africana, é mais prevalente, mas não exclusiva, em pessoas pretas e pardas.

Serviço – Em João Pessoa, a rede municipal de saúde oferece assistência especializada para as pessoas que são acometidas por esta doença. O acompanhamento acontece desde a Atenção Básica, nas unidades de saúde da família (USFs), até a Atenção Especializada, tendo como serviço de referência o Centro de Doenças Raras, com atendimento multiprofissional para este público.

De acordo com Késsio Brito, coordenador da área técnica de Saúde da População Negra da Prefeitura de João Pessoa, a atenção aos usuários com doença falciforme está organizada em linhas de cuidado integral. “Buscamos oferecer integralidade na assistência à saúde, o que significa unificar ações preventivas, curativas e de reabilitação, proporcionando ao usuário acesso aos serviços que necessita, desde uma visita domiciliar até uma rede especializada e de urgências”, afirmou.

Na Atenção Básica, as equipes de saúde da família realizam os atendimentos de necessidades individuais e coletivas de menor complexidade para este público, como cadastramento, busca ativa, consultas básicas e encaminhamentos para consultas e exames especializados.

Já o atendimento especializado acontece no Centro de Referência Multiprofissional de Doenças Raras, no bairro dos Bancários, que oferece acompanhamento de hematologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, enfermagem e serviço social, com o objetivo de proporcionar uma assistência integrada ao usuário. Para ser atendido no serviço, o usuário deve ser encaminhado pela sua USF de referência.

Ainda dentro da Atenção Especializada, o atendimento a este público pode ser realizado, de forma complementar, nas policlínicas municipais e nos Centros de Práticas Integrativas e Complementares à Saúde (CPICS). Já a rede hospitalar possui dois serviços de referência em hematologia e doença falciforme: o Hospital Municipal Santa Isabel para os adultos, e o Hospital Municipal Valentina para o atendimento pediátrico.