A estrutura montada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o Carnaval carioca deu assistência a 3.076 pessoas durante os ensaios e desfiles das escolas de samba e dos blocos de rua. Desse total, apenas 188 precisaram ser transferidos para unidades hospitalares. Desta forma, apesar de estar preparada por plano de contingência da SMS, e com plantões reforçados para um eventual aumento de demanda devido aos milhares de visitantes recebidos na cidade, a rede de urgência e emergência não foi sobrecarregada.
No Sambódromo foram montados sete postos médicos que fizeram 2.321 atendimentos, incluindo durante a apresentação das escolas mirins e na apuração, na Quarta-feira de Cinzas. Houve 130 remoções de pacientes com quadros mais delicados para hospitais da rede.
Já no Carnaval de rua, com quatro postos médicos dando suporte a um total de 49 blocos nos circuitos do Centro e da Zona Sul (Carioca, Praça Ana Amélia, Copacabana e Ipanema), foram 601 foliões atendidos desde o primeiro fim de semana de fevereiro. Desses, 44 precisaram ser transferidos para unidades hospitalares.
A estrutura da SMS funcionou também no período de preparativos para a folia. Durante os ensaios técnicos das escolas de samba, entre 14 de janeiro e 12 de fevereiro, 154 pessoas foram atendidas nos postos médicos do sambódromo, com 14 remoções.
Num Carnaval marcado pela alegria e por altas temperaturas, os principais motivos que levaram as pessoas a precisarem de assistência médica nos postos da Secretaria Municipal de Saúde foram mal estar devido ao calor, a picos de pressão e à desidratação; efeitos da ingestão em excesso de bebida alcóolica; torções, lesões nos pés e traumas por quedas.
A SMS também atuou no Carnaval com o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio), que realizou, nos seis dias de desfiles, 346 visitas para inspeção em serviços de alimentação, postos de atendimento médico, ambulâncias, estandes e instalações no Sambódromo e arredores. As equipes do órgão lavraram 53 autos de infração e recolheram 100 amostras de produtos para análise pelo Laboratório Municipal de Saúde Pública (LASP), além de adesivar 446 cartazes com informações sobre a legislação de restrição ao fumo em ambientes de uso coletivo total ou parcialmente fechados.
Os autos de infração foram lavrados por motivos que incluem a ausência de licenciamento sanitário para atividades transitórias, falta de asseio na manipulação de alimentos ou nas instalações, rótulos/identificação inadequada, produtos impróprios para consumo, conservação inadequada e insumos com prazo de validade expirado.
Na noite de domingo (19/2), o Ivisa-Rio apreendeu 11 potes de pomadas modeladoras de cabelo proibidas, sob interdição cautelar ou ordem de recolhimento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um aparelho para procedimentos estéticos a laser foi interditado.
Agentes da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) também atuaram no Sambódromo fazendo monitoramento epidemiológico sobre eventual cenário atípico que levasse risco à saúde pública. Foram feitos treinamentos e orientações básicas de vigilância em saúde para as equipes dos postos médicos e alinhamento das informações de possíveis ocorrências e de doenças de notificação compulsória.
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